Cinderela (Carlos Paião)
Eles são duas crianças
A viver esperanças, a saber sorrir
Ela tem cabelos louros
Ele tem tesouros para repartir
Numa outra brincadeira
Passam mesmo à beira, sempre sem falar
Uns olhares envergonhados
E são namorados sem ninguém pensar
Foram juntos noutro dia, como por magia
No autocarro, em pé
Ele lá lhe disse, a medo:
O meu nome é Pedro e o teu qual é?
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho:
Sou a Cinderela
Quando a noite o envolveu
Ele adormeceu e sonhou com ela
Então, Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor
Crescer, vai dar tempo p'ra aprender
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor
Cinderela das histórias
A avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua
No meio da rua e a chover a sério
Ela, quando lá o viu
Encharcado e frio, quase o abraçou
Com a cara assim molhada
Ninguém deu por nada, ele até chorou
Refrão
E agora, nos recreios, dão os seus passeios
Fazem muitos planos
E dividem a merenda
Tal como uma prenda que se dá nos anos
E, num desses bons momentos
Houve sentimentos a falar por si
Ele pegou na mão dela:
Sabes Cinderela, eu gosto de ti
Refrão
A viver esperanças, a saber sorrir
Ela tem cabelos louros
Ele tem tesouros para repartir
Numa outra brincadeira
Passam mesmo à beira, sempre sem falar
Uns olhares envergonhados
E são namorados sem ninguém pensar
Foram juntos noutro dia, como por magia
No autocarro, em pé
Ele lá lhe disse, a medo:
O meu nome é Pedro e o teu qual é?
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho:
Sou a Cinderela
Quando a noite o envolveu
Ele adormeceu e sonhou com ela
Então, Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor
Crescer, vai dar tempo p'ra aprender
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor
Cinderela das histórias
A avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua
No meio da rua e a chover a sério
Ela, quando lá o viu
Encharcado e frio, quase o abraçou
Com a cara assim molhada
Ninguém deu por nada, ele até chorou
Refrão
E agora, nos recreios, dão os seus passeios
Fazem muitos planos
E dividem a merenda
Tal como uma prenda que se dá nos anos
E, num desses bons momentos
Houve sentimentos a falar por si
Ele pegou na mão dela:
Sabes Cinderela, eu gosto de ti
Refrão
Paixão (Rui Veloso)
Tu eras aquela que eu mais queria
Pra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
Pra todo o lado e até quem sabe? Talvez casar
Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu
Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no Rivoli
Era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mão dada a ouvir
Aquela música maluca sempre a subir
Mas tu não ficaste nem meia hora
Não fizeste um esforço pra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção
Refrão
Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder
Refrão
Pra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
Pra todo o lado e até quem sabe? Talvez casar
Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu
Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no Rivoli
Era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mão dada a ouvir
Aquela música maluca sempre a subir
Mas tu não ficaste nem meia hora
Não fizeste um esforço pra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção
Refrão
Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder
Refrão
Amor de Água Fresca (Dina)
Quando eu vi olhos de ameixa
E a boca de amora silvestre
Tanto mel, tanto sol, nessa tua madeixa
Perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu
O meu doce de uva
E nós sobre a mesa
O amor de morango e cajú
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Tens na pele travo a laranja
E no beijo três gomos de riso
Tanto mel, tanto sol, fruta, sumo
Água fresca, provei e perdi o juízo
Foi na manhã acesa em ti
Abacate, abrunho
E a pêra francesa
Romã, framboesa, kiwi
Refrão
Foi na manhã acesa em ti
Abacate, abrunho
E a pêra francesa
Romã, framboesa, kiwi
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta!
E a boca de amora silvestre
Tanto mel, tanto sol, nessa tua madeixa
Perfil sumarento e agreste
Foi a certeza que eras tu
O meu doce de uva
E nós sobre a mesa
O amor de morango e cajú
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Tens na pele travo a laranja
E no beijo três gomos de riso
Tanto mel, tanto sol, fruta, sumo
Água fresca, provei e perdi o juízo
Foi na manhã acesa em ti
Abacate, abrunho
E a pêra francesa
Romã, framboesa, kiwi
Refrão
Foi na manhã acesa em ti
Abacate, abrunho
E a pêra francesa
Romã, framboesa, kiwi
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta!
Pica do Sete (António Zambujo)
De manhã cedinho eu salto do ninho
E vou pra paragem
De bandolete à espera do sete
Mas não pela viagem
Eu bem que não queria
Mas um certo dia vi-o passar
E o meu peito cético, por um pica de elétrico
Voltou a sonhar
A cada repique que soa do clique
Daquele alicate
Num modo frenético
O peito cético toca a rebate
Se o trem descarrila o povo refila
E eu fico num sino
Pois um mero trajeto
No meu caso concreto é já o destino
Ninguém acredita
No estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira
Desta vida vã
Mais nada me dá
A pica que o pica do sete me dá
Que triste fadário e que itinerário
Tão infeliz
Cruzar meu horário
Com o de um funcionário de um trem da carris
Se eu lhe perguntasse
Se tem livre passe pró peito de alguém
Vá-se lá saber
Talvez eu lhe oblitere o peito também
Refrão
Ninguém acredita
No estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira, desta vida vã
Mas nada me dá
A pica que o pica do sete me dá
Mas nada me dá
A pica que o picaaaaaaaa...
Do sete me dá!
E vou pra paragem
De bandolete à espera do sete
Mas não pela viagem
Eu bem que não queria
Mas um certo dia vi-o passar
E o meu peito cético, por um pica de elétrico
Voltou a sonhar
A cada repique que soa do clique
Daquele alicate
Num modo frenético
O peito cético toca a rebate
Se o trem descarrila o povo refila
E eu fico num sino
Pois um mero trajeto
No meu caso concreto é já o destino
Ninguém acredita
No estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira
Desta vida vã
Mais nada me dá
A pica que o pica do sete me dá
Que triste fadário e que itinerário
Tão infeliz
Cruzar meu horário
Com o de um funcionário de um trem da carris
Se eu lhe perguntasse
Se tem livre passe pró peito de alguém
Vá-se lá saber
Talvez eu lhe oblitere o peito também
Refrão
Ninguém acredita
No estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira, desta vida vã
Mas nada me dá
A pica que o pica do sete me dá
Mas nada me dá
A pica que o picaaaaaaaa...
Do sete me dá!
Os Meus Óculos de Sol (Natércia Barreto)
Já arranjei muito bem
Tudo quanto convém,
Pra praia levar
O pente, o espelho, o batom
E o creme muito bom
Pra me bronzear
Tenho o meu rádio portátil
E o biquíni encarnado
Também está no meu rol
E como é bom de ver
Não podia esquecer
Os meus óculos de sol
Que levo pra chorar, uh uh
Sem ninguém ver
Pra não dar, uh uh
A perceber
Pra ocultar, uh uh,
O meu sofrer
Pois eu sei que te hei de encontrar
Talvez deitado à beira-mar
Com outra ao lado e eu vou passar
A tarde a chorar
Já pensei não sair, mas aonde é que eu hei de ir
Com este calor?
O que é que eu hei de fazer, pra não ter que te ver
Com o teu novo amor?
Ver-te-ei com certeza, mas eu peço à tristeza
Um pouco de controle
E pelo sim, pelo não, eu vou ter sempre à mão
Os meus óculos de sol
Que levo pra chorar, uh uh
Sem ninguém ver
Pra não dar, uh uh
A perceber
Pra ocultar, uh uh,
O meu sofrer
Pois eu sei que te hei de encontrar
Talvez deitado à beira-mar
Com outra ao lado e eu vou passar
A tarde a chorar
Vou chorar, uh uh uh
Vou sofrer, uh uh uh
Vou chorar, uh uh uh uh
Tudo quanto convém,
Pra praia levar
O pente, o espelho, o batom
E o creme muito bom
Pra me bronzear
Tenho o meu rádio portátil
E o biquíni encarnado
Também está no meu rol
E como é bom de ver
Não podia esquecer
Os meus óculos de sol
Que levo pra chorar, uh uh
Sem ninguém ver
Pra não dar, uh uh
A perceber
Pra ocultar, uh uh,
O meu sofrer
Pois eu sei que te hei de encontrar
Talvez deitado à beira-mar
Com outra ao lado e eu vou passar
A tarde a chorar
Já pensei não sair, mas aonde é que eu hei de ir
Com este calor?
O que é que eu hei de fazer, pra não ter que te ver
Com o teu novo amor?
Ver-te-ei com certeza, mas eu peço à tristeza
Um pouco de controle
E pelo sim, pelo não, eu vou ter sempre à mão
Os meus óculos de sol
Que levo pra chorar, uh uh
Sem ninguém ver
Pra não dar, uh uh
A perceber
Pra ocultar, uh uh,
O meu sofrer
Pois eu sei que te hei de encontrar
Talvez deitado à beira-mar
Com outra ao lado e eu vou passar
A tarde a chorar
Vou chorar, uh uh uh
Vou sofrer, uh uh uh
Vou chorar, uh uh uh uh
Dunas (GNR)
Dunas, são como divãs
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por cactos e hortelãs
Deitados nas Dunas, alheios a tudo
Olhos penetrantes
Pensamentos lavados
Bebemos dos lábios, refrescos gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmera lenta como na TV
Palavras a mais na idade dos porquê
Dunas, como que são divãs
Quem nos visse deitados de cabelos molhados
Bastante enrolados
Sacos camas salgados
Nas Dunas, roendo maçãs
A ver garrafas de óleo boiando vazias
Nas ondas da manhã
Bebemos dos lábios, refrescos gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmera lenta como na TV
Nas dunas
Nas dunas
Nas dunas...
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por cactos e hortelãs
Deitados nas Dunas, alheios a tudo
Olhos penetrantes
Pensamentos lavados
Bebemos dos lábios, refrescos gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmera lenta como na TV
Palavras a mais na idade dos porquê
Dunas, como que são divãs
Quem nos visse deitados de cabelos molhados
Bastante enrolados
Sacos camas salgados
Nas Dunas, roendo maçãs
A ver garrafas de óleo boiando vazias
Nas ondas da manhã
Bebemos dos lábios, refrescos gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmera lenta como na TV
Nas dunas
Nas dunas
Nas dunas...
Nunca Me Esqueci de Ti (Rui Veloso)
Bato a porta devagar
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida
É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
Mas nunca me esqueci de ti
Nao nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Nao nunca me esqueci de ti
Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Refrão
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida
É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
Mas nunca me esqueci de ti
Nao nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Nao nunca me esqueci de ti
Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Refrão
Nini dos Meus 15 Anos (Paulo de Carvalho)
Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile
Não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor
Ainda acabava mal
Batia o coração mais forte que a canção
E eu dançava
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos
E o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura
Que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa, mas um home
Se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim
Refrão
Vestia de organdi
E dançava
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile
Não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor
Ainda acabava mal
Batia o coração mais forte que a canção
E eu dançava
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos
E o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura
Que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa, mas um home
Se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim
Refrão
Não Há Estrelas No Céu (Rui Veloso)
Não há estrelas no céu
A dourar o meu caminho
Por mais amigos que tenha
Sinto-me sempre sozinho
De que vale ter a chave
De casa para entrar?
Ter uma nota no bolso
P'ra cigarros e bilhar?
A primavera da vida
É bonita de viver
Tão depressa o sol brilha
Como a seguir está a chover
Para mim hoje é janeiro
Está um frio de rachar
Parece que o mundo inteiro
Se uniu p'ra me tramar
Passo horas no café
Sem saber para onde ir
Tudo à volta é tão feio
Só me apetece fugir
Vejo-me à noite ao espelho
O corpo sempre a mudar
De manhã ouço o conselho
Que o velho tem p'ra me dar
Refrão
Vou por aí às escondidas
A espreitar às janelas
Perdido nas avenidas
E achado nas vielas
Mãe, o meu primeiro amor
Foi um trapézio sem rede
Sai da frente, por favor
Estou entre a espada e a parede
Não vês como isto é duro
Ser jovem não é um posto
Ter de encarar o futuro
Com borbulhas no rosto
Porque é que tudo é incerto
Não pode ser sempre assim
Se não fosse o Rock and Roll
O que seria de mim?
Refrão
Não há estrelas no céu
Estrelas no céu
Estrelas no céu...
A dourar o meu caminho
Por mais amigos que tenha
Sinto-me sempre sozinho
De que vale ter a chave
De casa para entrar?
Ter uma nota no bolso
P'ra cigarros e bilhar?
A primavera da vida
É bonita de viver
Tão depressa o sol brilha
Como a seguir está a chover
Para mim hoje é janeiro
Está um frio de rachar
Parece que o mundo inteiro
Se uniu p'ra me tramar
Passo horas no café
Sem saber para onde ir
Tudo à volta é tão feio
Só me apetece fugir
Vejo-me à noite ao espelho
O corpo sempre a mudar
De manhã ouço o conselho
Que o velho tem p'ra me dar
Refrão
Vou por aí às escondidas
A espreitar às janelas
Perdido nas avenidas
E achado nas vielas
Mãe, o meu primeiro amor
Foi um trapézio sem rede
Sai da frente, por favor
Estou entre a espada e a parede
Não vês como isto é duro
Ser jovem não é um posto
Ter de encarar o futuro
Com borbulhas no rosto
Porque é que tudo é incerto
Não pode ser sempre assim
Se não fosse o Rock and Roll
O que seria de mim?
Refrão
Não há estrelas no céu
Estrelas no céu
Estrelas no céu...